segunda-feira, abril 11, 2005
pintar: não a montanha mas o medo
"compôr a luz e
não escrever nunca
dizer: o quadro será (como)
dizer a morte?
ou condizer com a sorte?
pintar: o espaço às voltas
para rimar:
com a montanha-castanha"
sexta-feira, abril 08, 2005
CICLO ANDRÉ TÉCHINÉ
CINEMA KING - LISBOA
CICLO ANDRÉ TÉCHINÉ
Bilhetes a 3,80
NÃO DOU BEIJOS
7 (QUI) 14 (QUI)
A MINHA ESTAÇÃO PREFERIDA
8 (SEX) 15 (SEX)
OS JUNCOS SILVESTRES
9 (SAB) 16 (SAB)
OS LADRÕES
10 (DOM) 17 (DOM)
ALICE E MARTIN
11 (SEG) 18 (SEG)
LONGE
12 (TER) 19 (TER)
OS FUGITIVOS
13 (QUA) 20 (QUA)
HORÁRIOS14h00 - 16h30 - 19h00 - 21h30
6ª, sábado e 2ª também às 00h00
sábado, abril 02, 2005
Porque hoje é....
"Os dedos colam-se ao corpo; e a luz
esplêndida dos cabelos molha o espírito com que a olho.
Pego na tua mão pelo instante
em que hesitas. É melhor que o tempo
não dure. O que não se vive, fica
para outro dia, mesmo quando não chega."
sexta-feira, abril 01, 2005
Enigma
"Saber onde se encontram o princípio
e o fim: a coincidência dos opostos, a identificação
do mesmo com o idêntico, como se
o tempo, ele próprio, tivesse parado o seu curso. Re-
comecemos, então!
Um tempo preso da sua latitude: o
infinito. Mas o que sei é que, entre o que é e
o que não é, um instante se intromete: a vida,
uma vida, aquilo que corrompe a eternidade
e que obscurece a sua ideia.
A ideia de estadia: paragem no curso
do estático. É essa ideia que dói: mas uma dor abstracta,
o espinho que punge o espírito, que se atravessa
no seu movimento - e retém a máquina humana com a sua
complicada engenharia.
Desmonto, uma a uma, as suas peças. Esqueço-me
de que não saberei como voltar a colocá-las. Não há cadernos
de instruções para os sentimentos; as emoções não se colam
como pedaços do todo que se partiu. Ouço o motor
da alma, a sua rotação irregular no fundo de
suspiros, murmúrios, silêncios.
É como se o vazio caísse, de súbito. Um edifício
que ocupa o espaço dos destroços."
Nuno Judice
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