sábado, agosto 18, 2007


Pablo Neruda

"Sê"

Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser uma ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.


É Proibido

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

Pablo Neruda

quarta-feira, agosto 15, 2007

Song for the Unification of Europe



Ean tais glosais toon antropoon lalo
kai toon angeloon,
agapen de me echo,
gegona chalcos echoon e kumbalon alaladzon.

Kai ean echo profeteian,
kai eido ta mysteria panta,
pistin ore metistanai,
agapen de me echo, outen eimi

He agape makrotumai, chresteuetai
he agape ou dzelloi, erpereuetai, ou fysioutai.

panta stegei, panta pisteuei, panta elpizei, panta upomenei.

He agape oudepotte piptei
eite de profeteiai, katargetezontai,
eite glosai, pausontai,
eite gnossis katargetesetai

Nuni de menei, pistis, elpis, agape,
ta tria tauta, meidzoon de toutoon, he agape.




If with the tongues of men I speak,
and of angels,
Love I do not have,
I have become a gong resounding or cymbal clanging.

And if I have the gift of prophecy,
and know mysteries all,
faith mountains move,
Love I do not have, nothing I am.

Love is generous, virtuous,
Love does not envy, boast, not proud is.

All she protects, all she trusts, all she hopes, all she perseveres.

Love never she fails. Be it prophecies, they will cease,
Be it tongues, they will be stilled, be it knowledge it will cease.

So remain, Faith, Hope and Love, these three. But the greatest of these is Love

sexta-feira, agosto 03, 2007

quinta-feira, agosto 02, 2007

O que pretendemos da Cultura?



Ao saber da demissão da Directora do Museu Nacional de Arte Antiga, Dalila Rodrigues, chego à conclusão de quem tem ideias e apresenta resultados acima dos esperados é um fardo para os actuais dirigentes políticos.

É sabido que a ex-directora do referido Museu opõe-se fortemente ao actual modelo de gestão de museus, pedindo uma maior autonomia financeira e administrativa, e não terá razão?

Aos amigos

" Amo devagar os amigos que são tristes com cinco dedos de cada lado.

Os amigos que enlouquecem e estão sentados, fechando os olhos,

com livros atrás a arder para toda a eternidade.

Não os chamo, e eles voltam-se profundamentedentro do fogo.

- Temos um talento doloroso e obscuro.

Construímos um lugar de silêncio.

De paixão."

Herberto Helder (Poemacto - 1961)