sexta-feira, agosto 11, 2006

Soneto do amor total


"Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude."

Vinicius de Moraes

3 comentários:

jm disse...

,,,e eu também.

Joana Croca disse...

e quem melhor que os poetas para saberem o que é o amor?
E quem melhor que nós, para amar?
**

Kai Mia Mera disse...

Antes de serem poetas são seres que como nós amam! =)