sábado, fevereiro 17, 2007
Pigmentações
Sónia Delaunay
"Quem posso eu chamar, que palavras lúcidas
e sóbrias, veementes
poderão despertar as ondas felizes,
que outro apelo, que outro alento
aproximará as árvores, o hálito das suas frases?
Quem me oferecerá no seu corpo o estuário das mãos,
que prodígios da terra deslizarão no repouso,
que declives, que jardins, que palácios diminutos,
que intangíveis enlaces, que adoráveis volumes?
Quem me dará o sossego da fábula mais pura
com o exacto relevo imediata e vagarosa?
Real e perfeita num deslizar de gozo, em lábios que
emudecem deslumbrados,
real e completo, secreto, imediato, maravilhoso
é o instante que descobre o animal ardente,
a mais ardente exactidão
a mais oferecida à claridade,
a mais contínua, a mais profunda suavidade.
Estamos dentro de um seio onde nascemos
como de uma montanha latente, somos nascente confusão
de múrmurios silvestres e a magia natural
de um silêncio límpido,, abraçamos a maravilha
aqui e agora, reconcentração na felicidade,
na evidência de delícias, múltiplas, fatais."
O instante, António Ramos Rosa
Obrigada Gi.
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4 comentários:
Corpo, sabores, sentidos e toques que pintam...
marcas que ficam_____________________
Bjo doce
Eu
Eu sou
os dedos
que
te percorrem
a pele
os lábios
os lábios
que
te incendeiam
a alma.
Eu
Eu sou
as carícias
que
te percorrem
o tacto.
As delícias
as delícias
que
te ofereço
para que ondules
no delírio
da minha busca
dos segredos
da tua doidice.
Onde ficam as horas
quando eu
me desaguo em ti?
As horas, onde ficam
quando tu
te desfazes por mim?
Eu
Eu sou
o delírio
que te acrescenta
o Infinito
num momento,
em todos os momentos.
E que tal? Responde bem ao Ramos Rosa?
PS
Que falta de educação, bom fim de semana, Maribel, obrigada por mais esta partilha que desconhecia.
Luís
P.
;***
..............................
Luís,
Adorei as suas palavras e penso que responde bem ao Ramos Rosa.
Muito obrigada pelas suas lindas palavras.
beijinhos e o resto de bom domingo
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