domingo, fevereiro 18, 2007


Sombra consumida/ Variações de se Ser

"Amo quem não conheço, quero quem conheço,
desejo quem não conheço, almejo por quem conheço,
quis amar-te, desejar-te, desejo-te!
Quero odiar-te, desejo odiar-te, não consigo, não tenho forças!
Procuro-te, encontro-te, perco-te, perco-me, encontro-me, vagueio
no desejo de te encontrar, de saber quem és, por onde andas,
como serás, como serei,
como seremos… O que por ai virá…
Perco-me na esferográfica, com palavras sem nexo,
dói-me a mão, já não dói,
quero que doa, não quero que doa.
Procuro respostas, encontro duvidas que me
enchem a alma, que me ferem, mas cresço,
vou crescendo!
Quero ser alguém, serei alguém?
Que serei?
Vagueio na cidade à procura de algo,
não sei bem!
Talvez saiba, talvez não queira saber,
queria poder saber, anseio saber.
Mas o quê? Não sei!
"

2 comentários:

Jayme Ferrer de Carvalho disse...

Olá!Fica-nos muito difícil comentar tais inquietações.Ás vezes se olharmos atentamente para o que temos bem na frente dos nossos olhos, pode ser que vejamos o quanto simples é o caminho para não nos perdermos.Fantásticamente simples, tão simples que ficamos reféns desse conhecimento.Já o descobriste? Creio que sim, apenas há que conservar a rota, ainda que os ventos não sejam favoráveis.JF

Anónimo disse...

São as cidades que viajam dentro de nós. E é dentro das cidades caminham as recordações das faces, dos cheiros, dos sabores que já conhecemos ou que almejamos conhecer. O crescimento só dói porque um dia já fomos pequenos e sabemos agora que o tempo só avança no sentido dos ponteiros do relógio.

Beijitos,

x-pressiongirl ;-)